William Wilson - Enigma dos Duplos - Edgar Allan Poe.
- Jéssica Banstarch
- 2 de jan. de 2019
- 2 min de leitura
Atualizado: 3 de abr. de 2021

Publicado em 1839, o conto de Poe está relacionado a nomes como Lord Byron ( em Manfredo - obra de poucos anos antes da publicação de William Wilson) e Nietzsche.
Como se chama William Wilson? Parece estranho? Pois bem, o narrador, bem semelhante ao conto anterior desse Especial, não se identifica, não verdadeiramente.
William Wilson, nobre inglês, se envergonha do seu verdadeiro nome, por ser considerado um nome plebeu e comum, semelhante ao vulgo que usa. Jovem mimado, goza da superioridade por quase toda a vida, e tem seu destino alterado pela intervenção de seu homônimo. E assim começa a história, perseguido pelo seu reflexo, cada vez mais aperfeiçoado, o jovem nobre compete o tempo todo, direta e indiretamente com o outro. A curiosidade não o deixava ignorar a presença do seu homônimo, tampouco gostar dele. - Não há possibilidade de parentesco, palavras do próprio, apesar da inegável semelhança. Um detalhe dessa história, é que o segundo William tem um problema de fala que o impede de falar mais alto que um sussurro. Teorias dizem, que a voz do seu homônimo estava somente em sua cabeça, assim como a presença dele.
Quando William se vê totalmente influenciado pelo outro William, sem controle das próprias (e ruins) decisões, põe um fim a trama, se matando. Ou não. A interpretação de cada leitor é única, vale a pena (sempre) a leitura!
O tal enigma dos duplos, pode se tratar de casos de doppelgänger, dupla personalidade ou até mesmo de um anjo da guarda, o que ficou subliminar na ilustração na versão publicada pela Darkside.
Usando a data do próprio aniversário, Poe não esconde traços da própria vida em seus personagens, o que nos permite conhece-lo um pouco melhor.
Aguardem, novas publicações estão à caminho.
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