Morella - O enigma dos duplos - Edgar Allan Poe.

Apresento-lhes uma pequena série de posts da minha recente leitura no livro Edgar Allan Poe - Medo Clássico, pela queridíssima DARKSIDE.

Conto de Edgar Allan Poe, do gênero horror gótico, publicado pela primeira vez em Abril de 1835.

O Enigma dos Duplos

O conto de Morella pode ser interpretado como uma alucinação, um ser místico que vive para sempre ou uma bruxa, o que me parece mais provável. Pela citação dos estudos de Morella em Pressburg num colégio de magia negra, como dizem as teorias.

Morella aparece em duas versões com características idênticas, mãe e filha, por isso muito parece um ser místico.

"Estou morrendo. Mas dentro de mim há uma promessa desse afeto ... que você sentiu por mim, Morella. E quando meu espírito se for, a criança viverá".

Como se fosse uma maldição que sofre, Morella não é amada em sua primeira versão, e quando é, em sua segunda versão, não pôde viver muito. Fazendo da vida do narrador um verdadeiro mar de sofrimento, o que muito se assemelha a vida de Poe.

As interpretações diversas é que dão a verdadeira beleza aos contos. Quando li a tradução de Marcia Heloísa de Morella produzida pela Darkside, imaginei que o narrador fosse um homem possessivo que privava sua esposa do convívio social, mas ele - o narrador - faz transparecer que era enfeitiçado por Morella, seus estudos sobre personalidades e misticismo, com cantos, muito se parece com um ritual. Ao engravidar, adoece e seu marido cansado de cuidar dela por longos meses, deseja sua morte. Até que sua vida chega ao fim renascendo em outra criança, que só foi nomeada anos mais tarde e batizada de forma muito sinistra. E morre a segunda Morella.

Profecia ou não, a primeira Morella, antes de morrer declara que seu esposo não será mais feliz, que não sentirá o sabor da vida, como acontece após a morte de sua segunda Morella.

Não deixe de ler o conto, é facilmente encontrado em bibliotecas nas coletâneas de Poe e também em pdf.