Josh Malerman autor em destaque no Brasil, após a adaptação de seu livro Bird Box, publicado em 2014 nos Estados Unidos, para o filme homônimo da Netflix.
O autor brinca com o gênero terror enquanto nos intriga com seus mistérios, a história em questão beira o gênero absurdo, que a escritora que vos escreve tanto ama.
Na tradução de Fabiana Colasanti, entramos na vida de dois jovem, ambos com 17 anos, sem muitas histórias para contar, por enquanto.
James e Amélia terão um primeiro encontro, mesmo sem se conhecerem muito bem, vão passear de barco pelos lindos lagos próximos a casa do tio de James.
E lá vão eles com o barco emprestado, toda insegurança do mundo, um cooler com bebidas, sanduíches e batatas chips. Passam pelos lindos lagos rumo ao pé da montanha, lugares belíssimos segundo Amélia, porém para que toda a trama aconteça, algo no lago próximo a eles os chama atenção - uma ponte.
O lugar é de difícil acesso pelo volume da água em baixo da ponte, e arranhando todo o barco emprestado, eles encontram o terceiro lago - o mais feio.
Um pouco mais à frente de onde estavam, eles veem um telhado flutuante e decidem investigar. Mergulham em revezamento descobrindo essa casa impossível. Um sobrado antigo e enorme, com um jardim e uma meia porta aberta. Ao entrar cada um deles vê que nada ali está normal, há tapetes no chão, mesa com abajur no hall de entrada, quadros em perfeito estado de conservação e tudo parece não sofrer influência da água.
Esse primeiro encontro nada convencional dá sequência a outros encontros com mais aparatos para facilitar os mergulhos pela casa. Eles descobrem que nela há cozinha, sala, escritório, e uma sala de vestir assustadora, onde pela primeira vez os objetos obedecem as leis da física e vestidos de todos os tipos flutuam por lá. Há também um porão com um sala de jogos, e seguindo mais adiante - uma piscina e uma sauna, que funcionam! A água da piscina é levemente aquecida assim como a sauna.
Tudo que parece estranho eles associam a presença de peixes e decidem "ficar com a casa", criando uma regra, não perguntar Como, e Por que.
James e Amélia tiveram a primeira vez dentro da casa e naquele dia algo os assustou o bastante para deixarem de ir à casa por algum tempo, enquanto estavam na cozinha, ouviram passos no andar de cima, seguido por risadas e sons de tambor.
Depois de algum tempo, James procura Amélia e esta tem a ideia de se apresentarem a oque ou quem vive na casa que eles achavam que era deles, mais acontecimentos estranhos e eles se veem presos na casa por alguns instantes, e o ápice da história é quando as lanternas param de funcionar e a as luzes da casa, todas elas, são ligadas. Depois de fugirem mais uma vez, os jovens marcam um encontro de verdade, com cinema e lanchonete como manda o manual. E Amélia termina com James, ela acredita que pela incrível experiencia que tiveram, eles estarão presos sempre a essa memória e o ideal para ambos, é seguir em frente com a vida e terem outras histórias incríveis para vivenciar.
Eles vão embora, cada um pro seu lado quando Amélia avista numa rua qualquer a casa deles. A casa do fundo do lago com as mesmas características, porém concertaram a porta da frente, e lá estão tocando tambores e há risos.
O livro termina quando James a encontra no local onde ela viu a casa, mas parece que só Amélia a enxerga. E fim.
É notável a paixão do autor pela questões visuais dos seus personagens, como em Bird Box.
Sigo aguardando uma possível continuação, por que se era para cada leitor interpretar de uma forma, eu interpretei com várias.
Enfim, a leitura é ótima, o autor é cativante e James e Amélia merecem uma continuação.
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